Polipectomia Endoscópica

A polipectomia é o procedimento endoscópico mais fundamental para remoção de pólipos e pequenas lesões em todo o trato gastrointestinal, incluindo esôfago, estômago, duodeno e intestino grosso. O procedimento é realizado através da introdução de uma alça de polipectomia pelo canal de trabalho do endoscópio, que é posicionada ao redor da base da lesão. A alça é constituída por um fio metálico fino que, quando fechada, secciona a lesão através da aplicação de corrente elétrica monopolar ou bipolar. Os materiais utilizados incluem alças de polipectomia de diferentes tamanhos e formatos, eletrocautério com controle de corrente de corte e coagulação, e seringas para injeção de soluções quando necessário.


Para pólipos maiores ou em localizações de risco, é comum realizar injeção submucosa prévia com solução salina, adrenalina ou outras substâncias para elevar a lesão e criar uma almofada de segurança entre a lesão e a camada muscular. O procedimento é realizado sob sedação consciente ou profunda, dependendo da complexidade e localização da lesão.


A polipectomia permite remoção completa da lesão em uma única peça, facilitando a avaliação histopatológica adequada e garantindo margens de ressecção livres. Este procedimento pode ser aplicado com segurança em qualquer segmento do trato digestivo, desde que respeitadas as particularidades anatômicas de cada região.

Indicações para Polipectomia


A polipectomia está indicada para pólipos pediculados de qualquer tamanho em todo o trato gastrointestinal, incluindo lesões esofágicas, gástricas, duodenais e colônicas. Pólipos sésseis pequenos, geralmente menores que 10-15mm, também são candidatos ideais para este procedimento. No esôfago, pequenas lesões polipoides e áreas focais de displasia podem ser tratadas por polipectomia.


No estômago, pólipos hiperplásicos, adenomatosos e fundicos são rotineiramente removidos por esta técnica. No duodeno, pólipos pequenos e bem delimitados podem ser tratados, embora requeiram cuidado especial devido à parede mais fina. No intestino grosso, a polipectomia é amplamente utilizada para prevenção do câncer colorretal através da remoção de adenomas.


Lesões com características endoscópicas benignas, base estreita e ausência de sinais de invasão profunda são candidatas ideais. A técnica também é indicada para remoção de lesões sintomáticas que causam sangramento, obstrução ou outros sintomas. Pólipos em pacientes com síndromes de polipose hereditária frequentemente requerem polipectomia múltipla como parte do tratamento preventivo.


Contraindicações para Polipectomia


A polipectomia apresenta contraindicações específicas que devem ser cuidadosamente avaliadas antes do procedimento. Lesões com base muito larga ou características endoscópicas sugestivas de invasão profunda não devem ser tratadas por polipectomia simples. Pólipos localizados muito próximos a estruturas vitais, como a papila de Vater no duodeno, requerem técnicas mais especializadas.


Pacientes com distúrbios graves de coagulação ou em uso de anticoagulantes que não podem ser suspensos apresentam risco aumentado de sangramento. Lesões maiores que 15-20mm geralmente requerem técnicas mais avançadas como mucosectomia ou ESD.


Pólipos com características malignas evidentes à endoscopia devem ser encaminhados para avaliação cirúrgica. Condições clínicas instáveis que impedem sedação adequada também representam contraindicação temporária. A inexperiência do endoscopista com a técnica ou falta de equipamentos adequados constituem contraindicações absolutas para realização segura do procedimento.


Para avaliação de lesões gastrointestinais e discussão das opções de tratamento endoscópico: (82) 99977-0413

A escolha da técnica adequada depende das características específicas de cada lesão e sua localização. A avaliação especializada é fundamental para determinar a melhor abordagem terapêutica e garantir os melhores resultados com máxima segurança.